A revista Veja desta semana tem um artigo interessante sobre pseudo-medicina na internet. Ele menciona por exemplo o Dr. Joseph Mercola, o Dr. Stephen Sinatra, o Dr. Andrew Weil entre outros. Esse trio merecerá um artigo exclusivo em breve. Trata-se de exemplos acabados de pseudo-ciência em ação para vender medicamentos que supostamente agem contra supostas doenças (algumas vezes genuínas, muitas vezes não). É muito positivo que um órgão da grande imprensa tenha uma abordagem crítica em relação a essas atividades pois o normal é que eles validem as práticas pseudo-científicas. A coisa vai bem até que no final do artigo são feitas afirmações de um otimismo que dá pena. "Aqui, os conselhos regionais de medicina fazem marcação cerrada. Os sites com assinatura de um médico dificilmente vendem produtos on-line. Introduzir no mercado substâncias sem respaldo científico resulta em punição severa ao profissional.".
Doce ilusão. Aqui no Brasil os conselhos regionais de medicina reconhecem como práticas médicas terapias sem nenhum fundamento científico. Meu seguro de saúde cobre tratamentos homeopáticos e acupuntura. Todos os estudos sérios vêm mostrando reiteradamente que essas práticas não têm efeito maior do que o placebo. Não é difícil encontrar medicamentos homeopáticos a venda on-line, com as bênçãos dos conselhos de medicina e de farmácia. Isso convive com um artigo em que um médico recomenda que não se use antitérmicos contra a febre ou outro que recomenda o uso de medicamentos homeopáticos para tratar HPV.
Quem decidiu reconhecer práticas pseudo-científicas como eficazes é que merece uma punição severa. Talvez nem tanto. De qualquer forma está mais do que na hora de revisar esses conceitos. Isso foi sugerido em 2007 por ninguém menos que o ex-conselheiro e ex-diretor do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) Celio Levyman em um artigo na Folha de São Paulo (só para assinantes) que também póde ser encontrado aqui . Até agora nada...
Doce ilusão. Aqui no Brasil os conselhos regionais de medicina reconhecem como práticas médicas terapias sem nenhum fundamento científico. Meu seguro de saúde cobre tratamentos homeopáticos e acupuntura. Todos os estudos sérios vêm mostrando reiteradamente que essas práticas não têm efeito maior do que o placebo. Não é difícil encontrar medicamentos homeopáticos a venda on-line, com as bênçãos dos conselhos de medicina e de farmácia. Isso convive com um artigo em que um médico recomenda que não se use antitérmicos contra a febre ou outro que recomenda o uso de medicamentos homeopáticos para tratar HPV.
Quem decidiu reconhecer práticas pseudo-científicas como eficazes é que merece uma punição severa. Talvez nem tanto. De qualquer forma está mais do que na hora de revisar esses conceitos. Isso foi sugerido em 2007 por ninguém menos que o ex-conselheiro e ex-diretor do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) Celio Levyman em um artigo na Folha de São Paulo (só para assinantes) que também póde ser encontrado aqui . Até agora nada...
Comentários
Desculpe a petulância mas vou ter que cobrar: já vai chegar outubro e nenhuma postagem em 2016?! Rs. Estamos esperando um novo post. O tema, alias, é o que quero sugerir.
Gostaria de ter mandado essa mensagem diretamente para você mas não achei meio de contato pelo blog. Então vou deixar como comentário nesse post, pois enquanto procurava se já tinha algum outro post sobre o assunto, encontrei este e talvez o tema seja similar.
A despeito de ter crescido numa família cristã, recentemente me entreguei ao ceticismo. Mas confesso que volta e meia algumas coisas me balançam. A ultima foi a pesquisa que vem sendo feita há mais de 40 anos na Universidade de Virginia, inicialmente pelo Dr Ian Stevenson e atualmente pelo Dr Jim Tucker. A pesquisa se trata, e eu fiquei pasmo em saber, de um estudo de casos de crianças que relatam supostas memórias de outras vidas. Eles estão indo atras pra ver o que tem de verdade nisso. Tais relatos estão sendo coletados e analisados pelo setor de psiquiatria perceptiva da universidade. Acredito que já conheça o assunto pois no primeiro post do blog já tinha alguém falando disso nos comentários. Mas eai? É um caso de medicina pseudo-científica? Gostaria da opinião de um cético, em especial um do meio acadêmico. Além do mais o blog está precisando de um novo post. Então fica aí o meu pedido de um esclarecimento sobre esse assunto pra gente. Grande abraço.